Instalações Hidrossanitárias: tudo que o [futuro] engenheiro deve saber!

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Você é daqueles engenheiros que não dá muita bola para o projeto hidrossanitário ou deixa para fazer na correria? Ou pior: nem sabe o que é isso? Então, se liga nessas informações que irão te convencer da importância de projetar com atenção e cuidado as instalações hidrossanitárias e evitar, durante a obra ou depois, de ter que ceder as famosas gambiarras (aliás, você não quer ficar conhecido como o engenheiro que dá um jeitinho para resolver os problemas, né?).

Mas vamos por partes. 

Primeiro, o que são instalações hidrossanitárias? 

Se você acha que são apenas chuveiros, pias, vasos e ralos e que seu trabalho é só indicar a disposição de cada um, está muito (muito mesmo!) enganado. O projeto hidrossanitário mapeia toda a rede de encanamento, das instalações hidráulicas aos sistemas de esgoto, ou seja, a entrada e saída de água quente e fria do imóvel, do banheiro até as áreas externas. E se você é da galera sustentável, saiba que o sistema de captação e reaproveitamento de água das chuvas também está incluso no projeto hidrossanitário (save the planet!🌍).

Tá, antes de continuar as explicações, vamos pular para a pior parte: o que acontece se a obra for executada sem um projeto hidrossanitário?

Bom, a falta do projeto hidrossanitário para a edificação tem grandes chances de virar uma dor de cabeça gigantesca. Por quê? Primeiro, pontos de consumo, tubulações, conexões e etc serão posicionados de forma incorreta. Segundo, as instalações não vão ser pensadas para serem econômicas, aumentando o consumo e a conta de água (deixa só o seu cliente saber disso!). Terceiro, não haverá a pressão certa nos chuveiros, torneiras e demais saídas de água (ninguém merece ter que lavar louça com um fiozinho de água ¬¬’). E quarto, poderá haver rompimento das tubulações e você já sabe o que isso causa, não é? As tão temidas infiltrações. Imagina entregar a casa pronta, novinha, com tudo perfeito, mas… com infiltrações que irão causar danos ao restante da edificação. Que decepção, engenheiro!

Já deu para entender a importância de planejar essa parte da obra também, certo?

Para ficar gravado na mente a sua importância saiba que instalações hidráulicas e sanitárias estão presentes em 99,99% das edificações (sempre tem aquela exceção, né) e que ele [o, agora amado, projetinho hidrossanitário] é pré-requisito nas prefeituras, juntamente com os projetos arquitetônicos (não tem como fugir: é preciso saber executar esse serviço de pré obra).

Ok, já entendi o que pode dar errado, mas quais são as vantagens para convencer de vez meu cliente a querer investir no projeto?

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Se bem pensado, o projeto hidrossanitário terá como a primeira (e a mais importante) vantagem a garantia de segurança, não só em relação a eventuais danos estruturais que infiltrações podem causar, mas também em relação à disposição correta do esgoto para que não haja contaminações da rede de água potável do imóvel. Além disso, a obra será realizada conforme as normas vigentes, evitando assim possíveis multas, sanções e outros transtornos.

Também com o projeto é possível criar um  layout  personalizado de acordo com as necessidades do cliente, dimensões do espaço e dentro do orçamento, pois o projeto contém informações para gerar uma lista detalhada de materiais e mão de obra necessária para que possa fazer orçamentos, de forma a permitir comparações ao invés de ter que ir comprando conforme as etapas de execução (o que sai bem mais caro).

Uma outra vantagem, essa para longo prazo, é a facilidade de eventuais manutenções, já que isso será levado em conta na hora de desenvolver o projeto, prezando pela economia dos futuros serviços quando necessário.

Alguns requisitos que você DEVE seguir para arrasar nos seus projetos (segundo a NBR 5626):

– Manutenção: leve em consideração a manutenção das instalações no desenvolvimento do projeto, de preferência que possa ser fácil e econômica (afinal, quebrar parede de alvenaria não sai barato, né?).

– Minimizar a ocorrência de patologias: infiltrações, deslocamento dos aparelhos, rompimento de tubulações, entre outros problemas pode resultar em prejuízos maiores e mais evidentes, como a destruição de decorações e de revestimentos caros ou de pisos e azulejos de cerâmica, difíceis de serem encontrados. Um projeto hidrossanitário bem estruturado – por um engenheiro capacitado- e bem executado -com materiais de qualidade e mão de obra especializada – evita grandes dores de cabeça a longo prazo (e em alguns casos, a curto prazo também).  

– Ruídos das instalações: evite níveis de ruídos inadequados à ocupação do ambiente através da vedação e posicionamento correto das tubulações para evitar a propagação sonora, incluindo vibrações (ninguém quer ouvir barulho de descarga no meio da sala de jantar durante a refeição 😝).

– Proporcionar conforto: atente-se à utilização das peças, indicando sua localização adequada e que facilite o uso, com espaçamento satisfatório e que atenda as demais exigências do usuário.

– Garantir o fornecimento de água: não somente de forma contínua, mas também em qualidade adequada e com pressões e velocidades compatíveis com  funcionamento eficiente dos aparelhos sanitários, peças de utilização e demais componentes.

– Preservar a potabilidade da água: através do uso dos materiais corretos que estarão em contato com a água (verificar se não há liberação de substâncias nocivas) e promovendo fácil acesso a reservatórios para manutenção eventual.

– Economia: tanto da água quanto da energia. Projete o sistema hidrossanitário para que seja o mais eficiente possível, incluindo a correta indicação e posicionamento da bomba (e ainda ganha ponto extra pela sustentabilidade).

Ok, sei o que levar em consideração na hora de desenvolver, mas como efetivamente se faz um projeto hidrossanitário?

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Resumidamente, os passos a serem seguidos para fazer o projeto são:

1) Consultar os projetos existentes, principalmente o arquitetônico e estrutural da construção. Todos devem estar alinhados para que funcionem em harmonia e não seja preciso nenhuma gambiarra para se adequar.

2) Se houver memorial descritivo da obra, verifique os materiais que serão utilizados para manter a uniformidade do projeto. Caso não tenha, procure por produtos certificados e de qualidade para que não haja prejuízos, como retrabalho e problemas futuros.

3) Dimensionar as tubulações e peças da instalação.

4) Detalhar o projeto para ser bem executado na obra.

5) E, a parte primordial, atentar às Normas Brasileiras, as famosas NBR’s (já tá cansado de ouvir isso, né?), principalmente a NBR 5626.

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